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Eu passei por uma fase dura recentemente. Há 4 semanas passei por uma pequena depressão, onde eu olhava pra mim e sentia pena de meu estado. Sei que sou uma pessoa feliz, e me ver ali sem conseguir parar de chorar, sem vontade de levantar pra trabalhar me deu raiva! A raiva de tudo é melhor que a pena de si mesmo.

A raiva do mundo faz vc buscar conhecimento e entendimento, faz vc se superar, superar as expectativas que tem de si mesmo. E faz vc ver que com o tempo, só quando vc pára de se comparar com os malditos modelos de sucesso, é que vc tem sucesso.

Nessa busca, eu encontrei um texto de Neila Navarro. Acho que se eu tivesse um milhão de dólares eu daria a ela. Não senão um valor aquilo que liberta a alma e tira alguém da tristeza e da pobreza espiritual. Por isso, deixo aqui, tanto um pedaço de seu texto, quanto o link da página que li, para não plagiar, e sim gerar novos fãs da Neila e curiosos sobre a revista Vencer! onde o encontrei. É um pouco comprido, mas uma experiência inesquecível.
Ai vai!

 

O PODER DA SUPERAÇÃO

cristopherreeve

Por: Leila Navarro

Alguma vez na vida você já se sentiu sem saída, desanimado, no fundo do poço, com vontade de acabar com tudo? Com certeza, sim! E não tenha dúvida: você não está sozinho! Todos nós, em graus diferentes de intensidade, vivemos momentos em que nada, nada, parece valer a pena: o passado, mesmo que tenha sido feliz e frutífero, pouco conta nos instantes de aflição. E o futuro… quem pode esperar um futuro tranqüilo e a realização dos seus sonhos com o presente que temos? De fato, a violência atinge níveis insuportáveis, o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo, a economia vive em crise permanente, o fantasma do desemprego ronda nossas casas…

Neste cenário, não chega a ser surpreendente que as taxas globais de suicídio tenham aumentado 60% nos últimos 50 anos e que a depressão atinja aproximadamente 340 milhões de homens e mulheres em todo o mundo. Se em outras épocas morríamos de doenças das quais nem mais ouvimos falar – pois foram erradicadas pelo extraordinário avanço científico –, hoje somos vítimas do estresse, da angústia, do pânico e da tristeza. Males fatais, sim, na medida em que são fatores que, somados a outros, podem contribuir para o desenvolvimento de problemas graves de saúde como o câncer e as doenças coronarianas.
É, problemas não são privilégio de ninguém… mas a forma como reagimos às situações difíceis é um fator determinante para a nossa qualidade de vida! Há quem prefira arrastar para todos os lados o seu “saco cheio”, sentindo pena de si mesmo, com frases pessimistas na ponta da língua: “puxa, nada dá certo! Está tudo muito difícil! Não tem jeito mesmo, a vaca já foi pro brejo!” Por isso, eu o apelidei de Coitadinho – Tadinho, para os íntimos! Outros tiram a vaca do brejo, apostam na luta com otimismo, enfrentam as crises e passam a vida cantando a esperança – e eu os batizei de SuperPessoas, porque superam os desafios por meio da ação.

E você, a que time pertence? Mas, antes de responder a essa pergunta, conheça um pouco mais cada um desses personagens.

Coitadinhos x Superpessoas

Costumo associar o Tadinho ao personagem de um desenho animado de muito sucesso na televisão décadas atrás: Hardy Haha, a inesquecível hiena, que – ao contrários de outros membros de sua espécie, que riem o tempo todo (mesmo quando estão na pior!) – só choramingava e reclamava (mesmo quando não estava na pior!), repetindo o famoso bordão: Oh, dia! Oh, azar! Pois o Tadinho faz a mesma coisa. Para ele, nada está bom: trabalha com má vontade, culpa os outros pelos seus problemas e pensa em si mesmo como um pobre diabo, vítima de circunstâncias desfavoráveis e merecedor de pena. Não faz absolutamente nada para mudar isso e nem tem prazer com suas vitórias. Se ele fosse um jogador de futebol, por exemplo, jamais comemoraria um bom resultado. Ao contrário, diria: “poderíamos ter feito mais gols! Não jogamos bem! Desse jeito, vamos ser derrotados na próxima partida.”

Podemos batizar essa postura “reclamona” de síndrome do coitadinho, uma condição que pode afetar qualquer um. Não conheço ninguém que não tenha tido, pelo menos uma vez na vida, uma crise de pena de si mesmo, um momento de coitadinho. Até aí, tudo bem, mas quando a crise perdura é preciso tomar providências, pois a tristeza e a pena de si mesmo tendem a se cristalizar, afetando o humor e a fisiologia de uma pessoa. De fato, a infelicidade e o baixo astral enfeiam, provocam enxaqueca, mal funcionamento do intestino, dor de estômago, insônia – só para citar os problemas mais leves – e, em conseqüência, destróem a qualidade de vida. Quem está nessas condições tem dificuldade para se libertar do mal que faz a si próprio e enfraquece aos poucos – é como se o Super-Homem andasse com a “kriptonita” (substância altamente tóxica para o Super-Homem) no bolso o tempo todo!

Felizmente, aqui mesmo, em nossa galáxia, neste planeta, outras pessoas me fazem lembrar Batman e o Homem-Aranha. Mas o que existe de comum entre esses personagens extraordinários e nós, simples mortais? A resposta é força e fragilidade. Estas duas características estão presentes nos seres humanos – ainda que muitas vezes não se dêem conta disso – e nos heróis das histórias em quadrinhos e dos filmes de ação, que não são imunes à dor e às paixões, mas as superam por meio da ação positiva, da solidariedade e da ética.

A mesma coisa acontece com SuperPessoas. Ao contrário dos Coitadinhos, elas reconhecem sua fragilidade, assumem seus erros e aprendem com eles, preferem agir em vez de se queixar e usam sua força na construção de uma vida melhor. Para elas, não existem problemas, apenas desafios que devem ser enfrentados. Se forem bem-sucedidas, ótimo, se não forem, tudo bem: a luta e os desafios são, por si só, lição que o guerreiro não dispensa e que o fortalece. E a essa postura eu chamo de SuperAção.

“Ora, Leila, pare de ser tão otimista! Ninguém é tão super assim!”, costumam dizer os Coitadinhos de plantão (sempre tem um deles por perto, você já percebeu?). Pois eu garanto que existem milhões de SuperPessoas na Terra e faço questão de citar alguns:

– Ronaldinho Nazário, apelidado Fenômeno pela mídia, superou seu fracasso na Copa da França de 1998 e um gravíssimo problema no joelho, tornou-se o artilheiro da Copa de 2002, no Japão, e conquistou o título, pela terceira vez, de melhor jogador do mundo.

– Madre Teresa de Calcutá abandonou uma vida confortável para viver entre os mais pobres dos pobres e, sem se afastar do caminho escolhido, criou uma entidade ímpar de ajuda ao próximo, respeitada pela sua organização e seriedade, transformando-se em um exemplo de amor incondicional ao próximo.

– Luís Inácio Lula da Silva, ex-operário de origem pobre, enfrentou derrotas políticas mas acabou sendo eleito presidente do nosso país.

– Christopher Reeve – o Super-Homem do cinema – continuou a viver e a trabalhar mesmo depois de um acidente que lesionou sua espinha dorsal e o deixou paralisado e incapaz até mesmo de respirar sem a ajuda de aparelhos.
E, ao lado deles estão, sem a menor dúvida, pessoas de todas as idades, profissões, raças e credos, para quem a vida é um constante desafio a ser vencido com amor e alegria. Pessoas como Você, que sabe que realizar é melhor do que sofrer.

Escolha a favor da vida

Na verdade, nós sempre temos chance de escolher entre o sofrimento e a realização. Mas para fazermos a escolha certa, precisamos, em primeiro lugar, reconhecer os limites impostos pela nossa “casca” (o corpo físico) e pela nossa história de vida. É essencial, também, conhecer nossos talentos e habilidades, acreditar em nossas possibilidades e evitar o risco de copiar modelos. Esqueça, você não vai ser igual ao presidente de sua empresa, nem ter a aparência de Giselle Bündchen! E lembre-se:

– decisões e ações de vida não podem ser tomadas a partir de uma receita simples, igual para todo mundo;
– a tentativa de copiar os outros resulta em autodesvalorização e negação da individualidade;
– E, o que é muito importante: você é único, eu sou única!

De fato, quando nos conhecemos, não nos comparamos a ninguém. Somos únicos, na maneira de pensar, sentir e agir! Percebemos que somos poderosos, mas não podemos tudo. Ampliamos alguns limites, mas nem sempre conseguimos rompê-los (e isto não é um fator de frustração!). Admiramos e respeitamos alguém, mas não somos essa pessoa e nem podemos nos apoderar de suas conquistas. Em conseqüência dessa compreensão maior do universo e dos seres humanos, abandonamos a condição de coitadinhos, transformamos nosso “saco cheio” em uma bela e luminosa capa e assumimos nossa condição de SuperPessoa!

http://www.vencer.com.br/materiaCompleta.php?id=614

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